Preso após confessar ter socado companheira até a morte acredita que 'vai pagar pelos pecados'
16/02/2025
(Foto: Reprodução) Caso foi registrado como feminicídio na Delegacia de Polícia de Peruíbe (SP). Autor disse estar arrependido e detalhou os momentos que antecederam o crime. Edilene Silva dos Santos (à esq.) foi morta por Richard da Silva Moreira (à dir.) em Peruíbe (SP)
Reprodução/TJSP
Richard da Silva Moreira, o homem de 33 anos que socou a companheira Edilene Silva dos Santos, de 50, até a morte em Peruíbe, no litoral de São Paulo, disse à Polícia Civil que está arrependido. Durante interrogatório, ele disse acreditar que "vai pagar pelos pecados" cometidos.
✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Santos no WhatsApp.
De acordo com o boletim de ocorrência, Edilene foi encontrada em um prédio, que no passado funcionou como uma pousada, onde morava com o marido. O edifício está localizado na Rua Barão de Mauá, no Centro. O zelador acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou a morte dela no local.
A Polícia Militar prestou apoio ao Samu no edifício por volta das 22h40 de domingo (9). O zelador revelou às autoridades que o local estava fechado há anos e cedeu o espaço para o casal desde que não fosse permitida a entrada de outras pessoas.
Durante o interrogatório, Richard informou à Polícia Civil que ele e a companheira compraram uma garrafa de vinho e outra de pinga por volta das 16h daquele dia. No imóvel, segundo ele, a mulher decidiu tomar remédios para controlar "surtos psicóticos".
Por volta de 18h, ainda de acordo com o agressor, a vítima o teria acusado de olhar para outras mulheres na rua, o que deu início a uma discussão. O homem desferiu um soco no rosto dela e, depois disso, entraram em luta corporal. Ao notar que ela não reagia, porém, ele buscou ajuda.
O g1 não localizou a defesa de Richard até a última atualização desta reportagem.
Cena do crime
Os PMs encontraram sangue nas paredes, chão e escadas de todos os andares. No terceiro piso, localizaram a vítima deitada na cama em um quarto.
Edilene vestia apenas peças íntimas e, embora não tivesse vestígios de sangue pelo corpo, apresentava vários ferimentos no rosto, cabeça e membros. Os PMs não identificaram sinais de arrombamento no imóvel.
Em depoimento à polícia, Richard inicialmente disse ter encontrado a mulher deitada e sem esboçar reações. Durante a investigação, porém, ele foi novamente questionado e confessou o crime.
Policiais encontraram sangue pelo edifício, inclusive nas paredes
Reprodução/TJSP
Sobrinha desmentiu suspeito
Santos terá primeira vara especializada em violência doméstica da Baixada Santista
Durante os trabalhos periciais, uma sobrinha da vítima contatou os policiais e disse que viu a tia em frente a um açougue com o suspeito e "um homem branco", por volta de 16h30 de domingo. Em pesquisas no sistema policial, os agentes localizaram um boletim de ocorrência sobre violência doméstica, envolvendo Richard e Edilene, registrado no 22 de fevereiro de 2024.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), Richard foi preso na madrugada de segunda-feira (10) e segue à disposição da Justiça.
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos